quarta-feira, 30 de julho de 2014

Morte e plenitude




Na anarquia dos sentidos
sentimentos fluídos
claramente incompreendidos
por minha lógica helênica
no dispersar
de bocas e mãos

afugentar-se
calar-se
libertar-se dos
verbos reflexivos
perante a dialética
da fábulas de instintos
carnais ou espirituais?

almas em espelhos
em visão interior única
ao pó socrático da razão

ganhei virtude
perdi felicidade

a mão em seu doce toque
a boca e o fatal golpe
houvessem flores
estariam pisoteadas

crível é ser o tempo finito
a povoar o mundo dos homens








Adriane Lima







Arte by  Will Kismmer

Poema da lógica




 O que intriga
meu gato
em sua
felina imagem
é testemunhar
por detrás
da cortina : a vidraça
o divisor transparente
que o domestica
ao ver a borboleta voar
em uma alegria selvagem

 



Adriane Lima




Arte by  Brita Seifert
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