sábado, 28 de dezembro de 2013
Leve,muito leve
O meu hoje
tem pressa
em preces
silenciosas
abro a porta
para o amanhã
minha casa
de escritos
foi levada
pelo vento
na bagagem
muitas palavras
que não usarei mais
é que a vida
já não cabe
em versos
sem rimas
com a verdade
Adriane Lima
Solturas
Hoje
estou assim
coração
feito balão
de gás hélio
me levando
a céu aberto
para enroscar
os sonhos
em nuvens
Adriane Lima
Sentidos que se movem
O meu limite
é o mundo
e ele cabe
em teus olhos
retina onde
me fixo
entre lirismos
de imagens
só tua voz
é que ocupa
em mim
vários espaços
ouçamos
aquela velha canção
onde aprendemos
a palavra : amor
Adriane Lima
Arte by Leslie Allen
Circulares
O poema
tem que girar
criar expectativas
a poesia
tem que circular
rodar
o que se esconde
embaixo de nossas saias
Adriane Lima
Arte by Marina Podievskaya
Rimando ausências
Hoje o poema
acordou e mostrou
o que sempre soube
deitamos
em tapetes do imaginário
voamos leves e delirantes
rimando ausências
rasurando sentidos
com palavras
que nunca estiveram aqui
aprendiz que somos
amantes das palavras
enveredamos luas
enroscamos nossos corpos
celestes
aflitos por uma prece
que libertasse o amor
das estrelas e do mar
que fosse só vento
a ventar
pelos versos
por entre os pelos
feito o apelo:
-jamais esqueça
o que arde
sopro adentro
a palavra,
essa constância
que queima
como o sol em nossos pulmões
troquemos estações
troquemos roupagem
iniciaremos nova viagem
de versos em permanência
feito o amanhã
que virá em um dia de cada vez
absorvidos na mais pura poesia
Adriane Lima e Carlos Moraes
Arte by Irina Karbaki
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