quarta-feira, 10 de julho de 2013

Despersonificação





Me desprendo da agonia do não
a resignação não vem pronta
deixo em minha pele marcas
de uma trajetória plena

sou arquiteta do meu corpo
cada marca esculpi devagar
ora amando o que o tempo trouxe
ora odiando o que mesma fiz

a minha história eu escrevi
bem ou mal, fui dona das vestes
e fantasias que aqui costurei

o infinito entrará em linha reta
ao saber que a cada morte
eu volto pronta

Sem remorsos pelas raízes
que não soube cuidar

e aos frutos colhidos
dou minha porção de vida

sem falsas palavras
minha alma segue livre
não há planos
para novas paisagens

a não ser, a oração nossa de cada dia


 


Adriane Lima







Arte by Edson Campos 

Poema subcutâneo

 
 
Uns adaga
outros indagam

uns resguardam
outros engodo

uns luz
outros lodo

onde se encontra
a tríade que comporta :

os que ficam
os que vão
os que não viram a porta

qual desses então,
passarão
através do olho mágico

 
 
Adriane Lima
 
 
Arte by Mark Arian 
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