quinta-feira, 11 de abril de 2013
Fragilidades
Enquanto passo
enquanto penso
não demore
tudo é tempo
tudo é pencil
me devore
Adriane Lima
Arte By Jon Paul
Poema Vazio
Nunca sei ao certo
o real movimento
se é recuo ou volta
esse eterno tormento
fico atada
aos velhos detalhes
nunca estabelecidos
nem sei se vou ou se fico
do que nem podia ter sido
as imagens que passam
os silêncios que elevam
as verdades compostas
muitas vezes trazidas
pela poeira do tempo
escrevo no vidro da sala
sob a embaçada porta
versos que eram tão meus
verdades que foram mortas
histórias que eram compostas
palavras que escoavam
sem ter quem as contivesse
-doce loucura em vão
talvez isso explique o vazio
da solidão e do frio
daqueles que não se prendem
em rótulos
Adriane Lima
Imagem retirada da net
Inquisição
Eu esfinge
esquecida de perguntas
eu um rio
das mágoas
que desaguam em mim
oceânicas buscas
em sal e levezas
que me visitam
nesse desaguar
entre eu e você
perguntar para quê ???
Adri Lima
Arte by Daniel Bilodeau
Repouso em versos
Banho enternecido
águas acolhidas
só o vazio é maior
que a ausência sentida
tão afastado te penso
e peso os olhos em penas
maciez do linho em cena
enlaçam meu abandono
ritualizo a madrugada
entre horas iguais e diárias
contornando o espaço e o tempo
feito de esperas e do amor
que nos envolveu
me repenso em verdades
desdobrando o infinito
desses momentos que me possuem
-a solidão é uma nova paisagem
Adriane Lima
Arte by David Bower
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