Eu não sei o que sinto
esse espiral de tinta e vento
balançam a vida e o momento
escolhas tardias, de um tempo impreciso
dentro de mim, labirinto
Nem sei se é quinta, segunda ou domingo
me perdi por entre calendários
Os meus pedaços
tem brilho de tardes vazias
Espalhados por lugares
em que montei meus cenários
entre taças de vinhos e fantasias
Nele restou saudades
vazias lembranças de horizontes
hoje pés sem rumos, mãos vazias,
andar distante
Busco um não sei que, não sei onde
mania estranha de não saber
o que se perde o que se ganha
Destino feito de sal...
Pensar no futuro é pensar na morte
rugas, rasgos, sangrias, barganhas
Pensar no tempo é pensar na sorte
Beleza, palavras, causalidades
Espera minha, sem saída.
Pensar no futuro é pensar na morte
rugas, rasgos, sangrias, barganhas
Pensar no tempo é pensar na sorte
Beleza, palavras, causalidades
Espera minha, sem saída.
Adriane Lima
Arte by Renso Castañeda